Para
os verdadeiros seguidores da Grande Mãe, para aqueles que têm a magia
dentro do coração, Avalon realmente existe, e está em algum lugar,
pronta para ser encontrada por aqueles que crêem em sua existência.
Eu, não tenho dúvidas a respeito de sua existência, sinto sua presença
constante dentro de meu coração... e um dia, nós, filhos de Avalon,
retornaremos a esse lugar espetacular, de onde um dia saímos para
mostrar ao mundo um pouco da sabedoria da grande Mãe!!!
Vejamos abaixo, o que livros e sites falam de Avalon. A visão da mitologia, e a visão de quem acredita em sua existência.
Boa leitura!!
Bênçãos da Deusa!!!
AVALON OU GLASTONBURY
Castelos
e fortificações de pedra compõem boa parte da paisagem da Inglaterra
rural. Em muitos deles, a passagem do Rei Arthur e de seus leais
cavaleiros da Távola Redonda com seus feitos nobres deixou marcas,
ajudando a construir suas histórias.
Mas
é no sudoeste da Inglaterra, a 150 km de Londres, na cidadezinha de
Glastonbury (um dos lugares mais sagrados da Inglaterra) que expedições
arqueológicas encontraram não só vestígios de um Arthur em carne e osso
como também do seu refúgio, a lendária Ilha de Avalon.
Para
muitos respeitáveis estudiosos, porém, não há dúvidas de que a pacata e
bucólica Glastonbury de hoje foi outrora a mítica Ilha de Avalon e
atrai visitantes de todos os gêneros: românticos fascinados pela
história do rei Arthur, peregrinos à procura da herança da antiga
religião, místicos em busca do Santo Graal, em busca da energia que
emana de Stonehenge que era ligada ao antigo rio Avalon, ainda quando
Glastonbury era rodeada por pântanos, enquanto; os astrólogos são
seduzidos pela existência de um zodíaco na paisagem, chamado Templo das
Estrelas de Glastonbury por Katherine Maltwood.
Pesquisas
arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury há milhares de anos,
foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que
reforça sua proximidade com as lendas de Avalon também chamada de "Ynis
Vitrin" ou Ilha de Vidro. O nome Avalon tem origem no semi-deus celta
Avalloc. Os Celtas a consideravam uma passagem para outro nível de
existência.
Segundo
pesquisadores, Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá
convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo.
Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e
nas tradições antigas. Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice
Graal contendo o sangue de Jesus para a ilha de Avalon (Glastonbury com
seus pântanos atualmente drenados).
Em
Avalon havia suas deusas e deuses, vivia em harmonia com a natureza, ao
seu ritmo, seguindo as mudanças das estações do ano, os ciclos da lua
com seus antigos rituais. Viviam lá as Sacerdotisas da Lua e aprendizes
dos mistérios e forças da natureza, conheciam a magia, as ervas para
curar, os segredos do céu e das estrelas e a música principalmente...Em
Avalon onde tudo florescia era iluminada pelo sol.
Entretanto,
com o passar do tempo, os padres (não José de Arimatéia, que se
“dizia”, teria uma concepção contrária de outros padres) começaram a ver
os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demônio
era adorado, condenando-os. Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e
a partir de 391, com a consolidação do cristianismo como religião
oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os
cultos pagãos foram totalmente proibidos.
Avalon
é uma ilha sagrada. Há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está
entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a
ilha e a separa do mundo dos homens.
Inúmeros
sítios místicos da Bretanha envolvem uma história particularmente rica e
variada, figurando em cultura druida, cristãos, cultos celtas, no ciclo
arturiano e na espiritualidade da Nova Era. No entanto, mesmo as
associações mais antigas são relativamente novas, se comparadas com os
primórdios dos marcos sagrados. Há 6 mil anos ou mais, alguns desses
sítios constituíam o solo sagrado de um povo mais remoto – os adoradores
neolíticos da Deusa-Mãe.
A
Deusa, uma divindade da mãe-terra reverenciada pelas sociedades
primitivas em muitas partes do mundo, aparentemente teve seus seguidores
na Inglaterra. Em Silbury Hill há uma enorme colina perto de
Stonehenge, que teria representado o ventre da deusa grávida. Para
erguê-la, seus construtores teriam feito um esforço prodigioso,
arrastando cerca de 36 milhões de cestas cheias de terra, durante 15
anos.
A
pedra-ovo, considerada símbolo da poderosa mãe cósmica pode possuir uma
energia própria: Dowsers afirma que ela emite fortes vibrações. Com
quase 40 metros de altura, uma estrutura artificial pré-histórica que
alguns historiadores acreditam que ela representasse um olho, um símbolo
usual da deusa-mãe. O morro em si seria a íris e o círculo em seu topo,
a pupila.
A
1,50 quilômetro a leste de Glastonbury, ergue-se a mais de 150 metros
de altitude outra colossal gravidez da terra, o Tor, um cone
extraordinário, visível de todas as direções em um raio de mais de 30
quilômetros.
Ao
redor de suas encostas os terraços construídos pelos homens formam um
imenso labirinto que se enrosca até o corpo. Alguns pesquisadores
acreditam que esses caminhos tortuosos foram projetados para a prática
de rituais pagãos, na pré-história.
O
Tor é coroado pela torre em ruínas de uma igreja dedicada a São Miguel,
um célebre caçador de dragões e inimigo dos espíritos do mal.
Os monges medievais erigiram a igreja com o intuito de cristianizar o local e erradicar seus vínculos com reis e deuses pagãos.
O
que na minha opinião, este tipo de estratégia nunca funcionou, pois a
fé está dentro de nossos corações, em nossos pensamentos e a natureza é a
nossa razão principal, não serão templos erguidos pelas mãos de mortais
que irão fazer de nós pessoas boas ou ruins.
Segundo
uma lenda celta, a entrada para Annwn, a morada subterrânea das fadas,
pode ser encontrada através de túneis e câmaras naturais localizadas
debaixo do Tor. Seria através desse portal que Gwynn ap Nudd, rei das
fadas, teria partido em caçadas selvagens para encontrar e roubar os
espíritos dos mortos.
O
Tor de Glastonbury é inconfundível em uma vista aérea. Sobressai de tal
maneira na paisagem, que induziu à hipótese de ter servido como
referência para a aterrissagem de discos voadores. “Tor” em celta
significa Portal, passagem; estaria ali o umbral que permite a passagem
do nosso mundo para a ilha sagrada de Avalon.
Uma
tradição milenar relata também que está em Glastonbury (antiga Ilha de
Avalon) o Poço do Cálice Sagrado (Chalice Well), onde José de Arimatéia,
amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo
Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus. O poço fica
nas proximidades da colina de Tor.
É
um lugar muito apreciado para meditação. De uma fonte, sai uma água
pura e cristalina com propriedades medicinais. O sangue do cálice teria
sacralizado e tingido a água pura do poço.
Esta
é realmente vermelha. Segundo cientistas, devido ao alto teor de ferro
no solo. Para os turistas e locais, beber as águas do "Chalice Well" é
beber da própria fonte da juventude.
Enfim, Glastonbury é um berço sagrado que abriga muitos mistérios...AVALON, A ILHA SAGRADA DAS FADAS, BRUXAS...
Avalon,
palavra provavelmente do celta, abal: maçãs. A terra dos Deuses, a
ilha das maçãs, um reino de pura beleza e amor, de maravilhas, da magia
da grande Deusa, a busca constante de todo o ser humano que, apesar de
todas as desilusões, ainda tem a esperança de fazer deste mundo uma
lenda real, ou seja, um lugar melhor para se viver.
A
maçã representa a imortalidade, o conhecimento e a magia. Existem
vários relatos referentes a sua simbologia e às viagens célticas,
conhecidas como Immran, ao Outro Mundo, supostamente, uma realidade
contígua à realidade comum.
Os
Immram, são jornadas místicas, nas quais um herói é atraído por uma
fada, que lhe entrega um ramo de maçã e o convida para ir para o Outro
Mundo, como em "A Viagem de Bran", Filho de Febal. Outro Immram, relata
"A Viagem de Maelduin", que trata da busca do herói pelos assassinos de
seu pai. Ele passa por uma ilha onde encontra uma macieira e dela corta
um ramo com três maçãs. Estes frutos são capazes de saciar a sua fome e a
de seus companheiros por quarenta dias sem ingestão de qualquer outro
alimento. (Jean Markale, 1979:246).
Avalon
também recebe o nome de Ilha Afortunada, pois suas colheitas são fartas
e abundantes. Diz a lenda que, era governada por Morgana e suas nove
irmãs, sacerdotisas guardiãs do caldeirão do renascimento, símbolo da
Grande Deusa, capaz de curar todos os males. Além de evocar as brumas
para adentrarem à ilha encantada.
Avalon
está associada a Caer Siddi (Fortaleza das Fadas), o Outro Mundo ou
Annwn, a Terra da Eterna Juventude. Ilha feérica, onde apenas o povo das
fadas e os nobres cavalheiros de alma pura podiam adentrar.
Existia
em Caer Siddi uma fonte que jorrava vinho doce e onde o envelhecimento e
a doença eram desconhecidos. Entre os seus tesouros havia um caldeirão
mágico, tema diretamente ligado à abundância existente na Ilha das
Maçãs. (Ellis, 1992:25; Geoffroy de Monmouth, Vita Merlini e Jean
Markale, A Grande Epopeia dos Celtas).
Na
mitologia céltica existem dois tipos de mitos sobre o caldeirão: o
caldeirão do renascimento e o caldeirão da abundância. Dagda, pai de
todos os Deuses, possuía um caldeirão proveniente da cidade de Múrias.
Ao provar dele, ninguém passava fome, (Ellis, 1992:77). Já Matholwch
recebera o caldeirão do renascimento do Deus Bran e com ele era possível
ressuscitar um morto, mas que perderia a capacidade de falar.
(Mabinogion, 1988:31).
O
caldeirão, mais tarde, deu origem ao mito do Graal, inicialmente nas
obras de Chrétien de Troyes. Com a sua cristianização em fins do século
XII, o conteúdo do cálice passou a ser o sangue de Cristo. Simbolizando o
conhecimento e o alimento da alma. A propósito da temporalidade do
Outro Mundo, representada pela "Insula Pomorum", Ilha Paradisíaca, onde a
passagem do tempo não é percebida pelos humanos que para lá vão, como
pode ser visto nos relatos sobre Bran. (Le Goff, 93).
A
ilha sagrada de Avalon não existe nas dimensões de tempo e espaço
conhecidos por nós. Ao longo dos séculos, as pessoas tentam localizá-la,
em locais como: o País de Gales, a Irlanda, a Cornualha e a Bretanha.
A
cidade de Glastonbury, em Somerset na Inglaterra, é particularmente
associada a Avalon, através dos seus mitos e lendas locais, relacionando
a colina do Tor como sendo a entrada do Annwn, lar de Gwynn ap Nud, o
rei das fadas e guardião do submundo. Descendo a colina, em meio aos
carvalhos, chega-se a "Chalice Well Gardens", os Jardins do Cálice
Sagrado, fonte de água avermelhada com propriedades curativas,
reforçando o mito do Santo Graal.
Invisíveis
aos olhos descrentes, as brumas revelam seus mistérios apenas aos que
servem ao princípio maior, junto aos Deuses. A lenda se torna realidade,
mas o medo, como sempre, é o grande desafio daqueles que estão na
travessia deste portal mágico, prestes a desvendar os segredos do Outro
Mundo.
Avalon
é o templo do mundo interior, terra da eterna magia e saber que oferece
iniciação e esclarecimento a todos que iniciam nessa jornada. E,
somente, aqueles que compreendem que a vida é infinita em suas
possibilidades poderão abrir as portas deste mundo.
O
universo nos coloca, sincronicamente, em caminhos que irão modificar
não apenas a nossa existência, mas toda a realidade que nos cerca.
Avalon
se apresenta nos corações daqueles que são sinceros e seguem o que lhes
foi traçado pelos Deuses, mas, somente nós somos os responsáveis por
tecer o fio do nosso destino.